Tiras de tecido de alta qualidade, com costuras marcantes, entressola de EVA com desenho quadrado no calcanhar e sola de borracha com recorte nos dedos que remete aos calçados Tabi, outro patrimônio japonês, além de uma cartela de cores que junta as combinações mais conhecidas, com novidades vibrantes são apenas as (importantes) ferramentas usadas pela marca na conquista de um novo território: as ruas, ambiente dominado pelo que se convencionou chamar de “streetwear”, uma moda autêntica, cheia de significados e simbolismos próprios e que, cada vez mais, toma lugar das rígidas regras antes ditadas pelas passarelas.
A Tradi Zori já nasce emblemática e sua conexão com o jeito como as pessoas se vestem nas grandes (e pequenas, por que não?) cidades parece ser bem natural – ainda mais nos tempos estranhos em que vivemos, boa parte dele passado dentro de casa.
Do legado construído pela irmã mais velha e, por enquanto, mais famosa, signos facilmente reconhecíveis foram mantidos, como a textura de grão de arroz das palmilhas, mas, nesse caso, pequenas alterações nos ingredientes alteram significativamente o resultado no produto – literalmente.